Você acha que sabe o que é um vilão? Pois é, eu também achava… até assistir a ‘Coringa’, aquele filme que, aparentemente, decide que ser vilão não é o suficiente. Não, você precisa ter um monólogo existencial, um sofrimento psicológico e, claro, uma dancinha icônica em cima de um lance de escada. O que mais pode ser ‘cinema de arte’, não é?
Você acha que sabe o que é um vilão? Pois é, eu também achava… até assistir a ‘Coringa’, aquele filme que, aparentemente, decide que ser vilão não é o suficiente. Não, você precisa ter um monólogo existencial, um sofrimento psicológico e, claro, uma dancinha icônica em cima de um lance de escada. O que mais pode ser ‘cinema de arte’, não é?
Arthur Fleck (Joaquin Phoenix) é um comediante fracassado que vive a dolorosa transição de cidadão comum para… bom, um dos vilões mais icônicos da cultura pop. O filme explora sua jornada de autodescoberta, que envolve frustração, doença mental e, claro, uma quantidade absurda de maquiagem e um sorriso macabro.
Joaquin Phoenix entrega uma performance sensacional… ou será que ele só estava mesmo indo com a maré de um roteiro que adora um drama psicológico? Fica a dúvida, mas a atuação é impecável.
A crítica social do filme, embora interessante, às vezes é tão no rosto que poderia vir acompanhada de uma placa dizendo ‘Olha, estamos sendo profundos!’. Será que precisamos de mais filmes sobre um vilão em crise existencial? Talvez.
No fim, ‘Coringa’ é um filme que tenta ser mais do que é, ou talvez apenas não tente ser nada e seja uma reflexão sobre a nossa incapacidade de lidar com os vilões… ou com as nossas próprias emoções. Se você gosta de um filme que te faz sair pensando: ‘Isso é arte?’ – então, bem-vindo ao maravilhoso mundo de ‘Coringa’. E, por favor, não se esqueça de dançar pelas escadas depois de assistir.
Quando você tenta ser profundo, mas acaba virando meme.